O QUE É a Resiliência da Comunidade?
- De acordo com as Comunidades de prática da VM, a Resiliência da Comunidade é a capacidade de uma comunidade de:
- Absorver o stress advindo de forças destrutivas através da resistência ou adaptação
- Administrar ou manter as funções e estruturas básicas durante períodos de choques ou desastres
- Recuperar-se após um choque ou desastre Visão Mundial busca atingir essa resiliência da comunidade, colocando ela como sendo um de seus seis objetivos estratégicos de trabahlo. Este objetivo em específico aparece com o intuito de ajudar as comunidades em riscos de falta de equilíbrio, suavizando os choques, e diminuindo as vulnerabilidades e injustiças que eles e suas crianças enfrentam.
PORQUE a resiliência da comunidade é importante?
Cada 1$ investido na redução de riscos de desastres (RRD) equivale a 5$ - 10$ no que diz respeito à reação aos desastres.
O cansaço institucional está sobrecarregando as agências humanitárias que reagem aos desastres naturais e humanos. Mais ênfase deve ser colocada nas iniciativas de redução de riscos para aliviar este fardo.
O investimento em RRD contribui diretamente para o alcance de IDTs e os Objetivos de Desenvolvimento para o Milênio (ODMs).
As crises que iniciam de forma gradativa, provocados pela insegurança alimentar e pela mudança climática estão previstos para aumentar nos próximos anos, o que irá provavelmente contribuir de forma significativa para a instabilidade nas comunidades que vivem na linha ou mesmo abaixo da linha de pobreza.
QUANDO a resiliência da comunidade é aplicada?
ANTES – para evitar o choque, o stress ou o desastre no geral (prevenção ou ‘resistência’)
DURANTE – para resistir os efeitos de um choque, stress ou desastre (absorção ou reação de adaptação)
DEPOIS – para se recuperar rapidamente de um choque, de um fator estressante ou de um desastre (ação contrária ou habilidade de ‘rebote’)
ONDE a resiliência da comunidade é aplicada?
De acordo com o Modelo de Programa Integrado (iPM) da Visão Mundial, a resiliência é aplicável em países que vão do Contexto I (alta necessidade física/ baixa estabilidade social) ao Contexto V (necessidades físicas relativamente baixas/ alta estabilidade social)
A QUEM a resiliência da comunidade visa atingir na região América Latina e Caribe (LAC)?
Meninas, meninos, adolescentes, jovens, suas comunidades, além de populações em risco, expostos a múltiplos ameaças e vulnerabilidades.
COMO a resiliência da comunidade é aplicada pela CRP (Projeto de Resiliência Comunitária) do LACRO (Escritórios Regionais da América Latina e Caribe)?
A PRC LACRO utiliza a Estrutura de Vidas Resilientes para fornecer uma compreensão conceitual fundamentada e uma aplicação prática sobre a resiliência comunitária em comunidades participantes do Programa de Desenvolvimento de Área (PDA).
A PRC LACRO acredita que a construção da resiliência só acontece quando o risco é reduzido, e a proteção tanto das vidas quanto dos meios de sustento é fortalecida entre os membros da comunidade e entre as crianças.
Assim sendo, o projeto trabalha em conjunto com as comunidades para avaliar a redução do estado de risco através de 7 capitais das vidas resilientes / os meios de vida sustentável e de 5 temas da Estrutura de Ações Hyogo (HFA), juntamente com as áreas temáticas transversais.
Os capitais dos meios de vida sustentável valorizados são: humano-cultural, sócio-política, ambiental-saúde, econômico-financeiro, físico-estrutural, tecnológico-científico e espiritual. Os temas da Estrutura de Ações Hyogo são: Priorização para a Redução de Riscos de Desastres (RRD); Avaliação, Monitoramento e Alerta de Riscos; Conhecimento e Educação; Fatores de Risco Fundamentais; e Estado de Preparação e Resposta. As questões transversais do HFA discutidas são: participação, gênero, apoio voluntário e diversidade cultural.
Análise do Ponto Crítico.
Utilizando a análise da árvore do problema, as comunidades participantes consideram 7 vidas resilientes/meios de vida sustentáveis e 5 áreas temáticas de HFA (juntamente com as áreas temáticas transversais), para identificar a causa raiz primária das vulnerabilidades e perigos dentro da comunidade que levam a pontos críticos negativos.
Inversamente, a comunidade identifica os pontos críticos positivos que irão permitir a eles aumentar suas habilidades para transformar de maneira mais efetiva suas comunidades para um estado de resiliência.
A Análise do Ponto Crítico usa uma abordagem em multicamadas para tratar da redução de riscos, construção de uma base de ativos, e fatores de proteção.
Os pontos críticos positivos e negativos devem ser determinados pelos raios representando as vidas resilientes/meios de vida sustentáveis e pelos raios que representam as áreas temáticas de HFA na roda da resiliência. Ao adotar essa ferramenta, comunidades podem minimizar suas vulnerabilidades e sua exposição aos perigos, enquanto maximizam sua resiliência –estarão ajudando a assegurar que um ambiente mais favorável para um desenvolvimento sustentável seja alcançado.